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O meu portefólio de SIP

Bem vindos ao espaço onde irei partilhar com vocês o meu processo de Integração profissional

O meu portefólio de SIP

Bem vindos ao espaço onde irei partilhar com vocês o meu processo de Integração profissional

Passados três anos, a licenciatura em ciências da educação está prestes a terminar. Sinceramente ainda nem acredito. Tantos trabalhos que realizei, tantas viagens de Santarém-Lisboa que fiz, tanto nervosismo, stress, lágrimas, sorrisos… tantos sentimentos vividos e tantas aprendizagens realizadas!

SIP foi a cadeira que possivelmente exigiu mais de mim, me deu mais trabalho também, mas principalmente foi a que mais coisas me ensinou!

SIP além de me mostrar o que poderia fazer, em Ciências de Educação, em termos práticos, também me ensinou tantas outras coisas importantes, como por exemplo, como lidar com o stress e o nervosismo e tantas outras coisas.

Este projecto que construi e que implementei ajudou-me muito a perceber como trabalhar com crianças, como sensibiliza-las para temas tão importantes como a importância de ter uma alimentação e como tentar percebe-las tanto a elas como aos seus pais, que tantas vezes aquilo que diziam não coincidia. Em relação aos diários de campo que tivemos vindo a escrever ao longo de todo o nosso percurso nesta unidade curricular, penso que foi muito importante, pois ajudou-me a reflectir sobre o trabalho que tenho vindo a realizar na instituição como na própria unidade curricular.  

Relativamente às horas que tivemos que estar lá na instituição (no mínimo 4h no primeiro semestre e 6h no segundo), penso que nos ajudou bastante, para que toda a equipa nos conhecesse, para que nós também a conhecêssemos como também à própria instituição.

Esta oportunidade que SIP me deu em contactar com o mercado de trabalho, foi muito importante para mim, pois o ter que contactar com as instituições e pedir-lhes para nelas realizar um projecto, o trabalhar com crianças, o ter que construir um projecto, trabalhar nele, implementa-lo, tratar dos resultados, ter que cumprir com horários, aprender a respeitar os “superiores” a mim, foi uma experiência que me deu inúmeras bases e que me fez crescer bastante tanto a nível pessoal como profissional.

Tal como este projecto foi muito bom para nós, para percebermos como se constrói um projecto, como se o põe em prática, penso que este, também foi muito importante para a própria instituição, pois ajudou-os a ter uma visão diferente daquela a que estão habituados, pois uma “visão de alguém exterior” é sempre muito útil, como também, penso que foi importante para que eles tivessem uma ideia de projectos que poderiam fazer sobre a alimentação saudável, estilos de vida saudável.

Uma outra coisa muito útil que também aprendi com este projecto, foi, sem dúvida, o feedback que fui recebendo, no final de cada dia de aplicação do projecto, das educadoras, ajudou-me bastante a perceber o que poderia melhorar a nível profissional e fez-me crescer imenso a nível pessoal!

Para além de ter que agradecer à instituição que tão me acolheu e me ajudou na construção e implementação do projecto, também tenho que agradecer à professora Ana que tanto nos ajudou e concelhos nos deu.

Olhando para todo o meu percurso na unidade curricular de SIP, considero que me empenhei bastante e me esforcei muito na construção e implementação deste projecto.

 

 

 

 (imagem retirada do google imagens)

 

Local: Instituição A

Hora: 9h-13h

 

1. Objectivos : Desenvolvimento do relatório final de SIP

   Intervenientes: Eu (Beatriz); Ana; educadora Elisabete; professora Ana Carvalho;

   Intencionalidades Pedagógicas: preparação dos resultados obtidos com a aplicação do projecto; início do desenvolvimento do relatório final de SIP;

 

2. Desenvolvimento da actividade/acção:

Nestes últimos dias, temos tentado agendar a entrevista com a educadora Elisabete, contudo ela não tem tido disponibilidade. Os dias têm então passado, a data de entrega do relatório final de SIP tem se aproximado e nós não temos conseguido fazer esta parte importante do projecto.

Nestes dias temos também continuado a trabalhar nos resultados do nosso projecto, consultado bibliografia para a “discussão dos resultados” e a trabalhar no relatório final de SIP.

Ao longo das aulas presenciais de SIP, a professora tem nos dado indicações relativamente à estrutura do relatório e para “não deixarmos tudo para a última da hora”.

 

3. O que aprendi?

Com isto, aprendi essencialmente a gerir melhor o meu tempo, a organizar informação e a tratar e a trabalhar nos resultados obtidos com o projecto.

Todo este trabalho ajudou-me a adquirir inúmeras bases para o meu futuro enquanto licenciada em Ciências da Educação.

 

4. Mobilização de conhecimentos académicos:

Com a leitura de vários artigos, percebi que a redacção de um relatório final é bastante importante, pois é através dele, que mostramos todo o trabalho que realizamos na instituição.

No nosso caso, o relatório final de SIP IV e V está dividido pela fase de levantamento de necessidades, planeamento do projecto, implementação do mesmo, resultados, avaliação e divulgação dos resultados.

 

 

 

(imagem retirada do google imagens)

 

Local: Instituição A

Hora: 9h-15h

 

1. Objectivos - Preparação da entrevista a realizar à educadora Elisabete e preparação da divulgação dos resultados às educadoras da instituição;

   Intervenientes: Eu (Beatriz); Ana; educadora Elisabete e educadora Rosário; professora Ana Carvalho;

   Intencionalidades Pedagógicas: preparação da divulgação dos resultados às educadoras da instituição;

 

2. Desenvolvimento da actividade/acção:

Segundo as indicações que recebemos da professora, no fim da aplicação do projecto, deveríamos realizar uma entrevista à nossa tutora para termos a percepção da ideia com que ela ficou do nosso desempenho na aplicação do nosso projecto, como também se faziam intenções de o utilizar em projectos futuros na instituição.

  Contudo, a nossa tutora por estar sempre ocupada com a direcção da instituição não pôde assistir à aplicação do nosso projecto. Só a educadora Elisabete e a auxiliar Anabela é que estiveram lá todos os dias e foram apenas elas que responderam aos nossos questionários.

Assim sendo, decidimos realizar esta entrevista, à educadora Elisabete. Falámos com a professora Ana e ela deu-nos algumas ideias das perguntas que deveriam fazer nesta mesma entrevista, como por exemplo: Como avalia o nosso desempenho neste projecto? Considera que este projecto é uma boa ideia para projectos futuros na instituição?

Contudo, no fim deveríamos mostrar o guião da entrevista para a professora validar para fazermos a entrevista.

Para a realização desta, ficámos de combinar um dia e uma hora com a educadora Elisabete.

Ainda assim, também segundo as indicações da professora como também da nossa tutora Rosário, no fim de termos tratado todos os resultados que obtivemos com o nosso projecto, deveríamos apresentá-los à instituição.

Tal como a nossa tutora Rosário nos pediu, deveríamos fazer esta divulgação em power point e apresenta-lo a todos os elementos que trabalham na instituição, tais como os funcionários, as educadoras, as gestoras e as directoras.

 

3. O que aprendi?

Com esta fase do projecto, aprendi o quanto é importante, tanto para nós, (que estamos a construir e a implementar um projecto), como para a própria instituição a divulgação dos resultados, pois a nossa tutora, realçou várias vezes em conversa connosco, que grande maioria das pessoas que também já implementaram projectos lá na instituição, nunca lhes mostraram os resultados que com ele obtiveram  e nunca lhes transmitiram qualquer tipo de feedback.

Esta fase, da divulgação dos resultados é bastante importante, para nós, para podermos sobre eles reflectir e para podermos perceber o que correu bem e o correu menos bem. Para a própria instituição também é importante, para que esta tenha uma visão diferente recebida “por pessoas externas à mesma”, para perceber o impacto que este projecto teve na instituição e reflectir se no futuro, compensará ou não continuar com este projecto.

Também aprendi com isto, que é muito importante para nós recebermos o feedback do nosso trabalho e do nosso desempenho (para percebermos o que fizemos bem e o que temos que melhorar), especialmente das pessoas que trabalham na instituição, que a conhecem bem e o seu público-alvo.

 

 4. Mobilização de conhecimentos académicos:

Esta fase da divulgação dos resultados é entendida como a difusão dos resultados que se obteve com o projecto à própria instituição e à sua respectiva equipa!

A forma como o vamos fazer, poderá ser feita de várias maneiras, como por exemplo, através de um cartaz, mas no nosso caso iremos talvez, numa apresentação power point, tal como nos foi sugerido pela própria instituição.

 

 

 

 

(imagem retirada do google imagens)

Local: Instituição A

Hora: 9h-15h          

  1. Objectivos: recolha e análise dos resultados que obtivemos com a aplicação do projecto;

  Intervenientes: Eu (Beatriz); Ana; educadora Elisabete e auxiliar Anabela; professora Ana Carvalho;

   Intencionalidades Pedagógicas: analisar os resultados que obtivemos com o projecto;

 

 2. Desenvolvimento da actividade/acção: 

Após termos concluído o nosso projecto, juntámos todos os questionários que com ele obtivemos, contámos-os e dividimo-los pelos diferentes públicos-alvo: “crianças”, “educadoras” e “acompanhantes das crianças”.

Depois, numa conversa formal, mostramos às educadoras da instituição os resultados que obtivemos com a aplicação do projecto e demos-lhe o feedback que tivemos do público-alvo do nosso projecto.

Depois disto, falámos com a professora e ela ajudou-nos e explicou-nos a melhor forma de construir os gráficos com os resultados dos questionários e começamos a trabalhar neles.

 

 3. O que aprendi?

No início, senti uma enorme dificuldade em trabalhar nestes dados, porque infelizmente não tenho muita experiência em trabalhar em excel, no entanto, com a ajuda da professora e da Ana comecei a perceber como realmente se deve trabalhar estes dados.

Com esta fase do projecto, aprendi ainda a trabalhar com dados estatísticos. Já tinha estudado em como faze-los em estatística, mas ainda não o tinha feito na prática e então acho que foi muito importante ter tido esta experiência pois deu-me “bases” para trabalhos futuros que possa a vir a ter no mercado de trabalho enquanto profissional em ciências da educação.

 

 4. Mobilização de conhecimentos académicos:

Um questionário é um instrumento de investigação que visa recolher informações baseando-se, geralmente, na inquisição de um grupo representativo da população em estudo. Para tal, coloca-se uma série de questões que abrangem um tema de interesse para os investigadores, não havendo interacção directa entre estes e os inquiridos.

Tal como o sítio da Microsoft Excel nos diz “o Excel é um software que permite criar tabelas e calcular e analisar dados”.  Este tipo de software é chamado de software de planilha electrónica. O Excel permite criar tabelas que calculam automaticamente os totais de valores numéricos inseridos e criar gráficos simples.

O Excel é uma parte do "Office", um conjunto de produtos combinando vários tipos de softwares para criar documentos, planilhas e apresentações, e para o gerenciamento de e-mail.

 

 

 

(imagem retirada do google imagens)

 

Dia 06 de Maio de 2015

“O último dia”

Hora: 9h-15h

 

1- Objectivos: Finalizar o projecto;

Intervenientes: Eu (Beatriz); Ana, educadora Elisabete, pais e crianças;

Intencionalidades Pedagógicas: Finalizar o projecto; reflectir sobre o trabalho desenvolvido ao longo destes dias;

 

2- Desenvolvimento da actividade/acção:

Tendo em conta, as percepções que temos vindo a ter ao longo destes dias, apercebemo-nos que seria importante focarmo-nos nas conversas informais que temos vindo a ter com os pais e com as crianças sobre a sua alimentação e a importância que estes lhe dão. Achámos também importante, perceber se de facto, o que os pais afirmam continua a não coincidir com o que as crianças dizem.

Com isto, apercebemo-nos que há muitas crianças que não gostam de fruta e que não comem (ou se comem é muito raramente), como também nos apercebemos que as crianças se sentem obrigadas a comer sopa e legumes. Perante isto, verificámos que muitos pais tentam combater este problema mas muitos nada fazem. Por exemplo, muitos pais dizem que trituram os legumes nas sopas e as frutas  também, mas outros dizem que como “não gostam” não podem fazer nada contra isso.

Ao contrário dos dias anteriores, apercebemo-nos que os que as crianças diziam sobre os seus hábitos alimentares coincidia com o que os seus pais afirmavam.

Neste que foi o nosso último dia, conseguimos fazer a aula de dança como tínhamos planeado, porque estava bom tempo e porque estavam muitas crianças na instituição. Contudo, nem todas as crianças que estavam na instituição quiseram participar porque alguns pais colocaram alguns entraves, pois como não queriam deixar as crianças sozinhas para irem para o parque infantil fazer a aula de dança, afirmavam que assim, não conseguiriam ouvir a chamada para as consultas, no entanto, não era verdade, pois no parque infantil também dava para lá ouvir a chamada.

Apesar disto, a aula correu bem. As poucas crianças que adeririam à nossa aula, mostraram-se entusiasmadas e afirmaram terem se divertido muito (tanto nos questionários, como nas conversas  informais que tive com elas). Os pais também acharam um óptima ideia e alguns deles também quiseram participar.

No decorrer da aula, verifiquei que uma menina estava muito junto a mim e abraçava-me imensas vezes e no fim da aula, desloquei-me até ela e fui tentar perceber o que passava com ela, pois pensei que ela estava com vergonha (o que é normal numa criança) mas achei estranho a expressão dela e a força com que ela me agarrava. Depois de alguns minutos a falar com ela, contou-me que com um ano e meio tinha sido atropelada por um camião e que sentia pouca confiança nela própria. Foi complicado para mim, lidar com esta situação, mas no fim da nossa conversa, ela agradeceu-me e até pediu à mãe para lá voltar para me ver e conversas comigo mais vezes, o que me deixou super feliz!

No fim da aula, aplicámos os questionários aos pais e às crianças e tivemos um óptimo feedback.

No fim da aula de dança, continuámos com as actividades do nosso projecto, normalmente e com as conversas informais com os pais e com as crianças também e com isto, recebemos várias queixas de na instituição não haver alimentos saudáveis nas máquinas que lá há.

Recebemos também vários “comentários” de pais, a dizerem que apesar de alimentarem os seus filhos de forma saudável, estes permaneciam muito gordos e que queriam consultar um médico, pois achavam que era do próprio organismo deles. O que será que isto demonstra? Que será do organismo das crianças ou que a história de terem uma alimentação saudável, não será de tudo verdade?

No fim de termos terminado o nosso projecto, tanto as educadoras como os pais agradeceram-nos imenso pelo trabalho que desenvolvemos e elogiaram a importância do tema que lá desenvolvemos.

 

3- O que aprendi?

Com este projecto, aprendi imenso, tanto a nível académico, como a nível pessoal e fiquei bastante satisfeita com o meu trabalho.

Aprendi, que educar uma criança não é nada fácil e que muitos pais precisam de um certo tipo de auxílio para cuidaram dos seus filhos. 

Percebi, também que as crianças são muito sinceras, que não escondem o que pensam contudo, sofrem “muito sozinhas” e não falam das coisas que mais os afecta com toda a gente, apenas com aquelas com quem elas se sentem mesmo à vontade e sentem que estas, lhes transmitem confiança, como foi o caso daquela menina que me contou ter sido atropelada, porque, tal como ela me disse, gostou logo muito de mim e porque eu lhe transmiti muita confiança.

Ao longo destes dias tivemos uma enorme diversidade de casos, na nossa instituição que nos irá ajudar bastante para termos um grande variedade de casos e crianças, para relatar no nosso relatório final.

Aprendi, também como falar com os pais e com as crianças sobre temas bastante pertinentes, como é o caso da importância de ter uma alimentação saudável.

Com tudo isto, percebi também o peso que a escola e que a família têm, na educação de uma criança e os problemas que a falta de uma delas (ou das duas) pode causar e percebi, ainda a falta de importância que muitas famílias e a própria sociedade dão aos hábitos de ter uma alimentação saudável.

 

4- Mobilização de conhecimentos académicos:

“A aprendizagem acontece, dentre outras formas, numa medida de tempo. Tempo para descobrir, para constatar, para reflectir e para fazer as necessárias sínteses. Poder-se-ia afirmar que existe um tempo para aprender, que tem inúmeras dimensões, tais como a afectiva e a cronológica.

 Em contrapartida, na dita sociedade aprendente, as pessoas têm pressa...

 As famílias vivem a repercussão das mudanças sociais provocadas pela sociedade da tecnologia, da informação e do conhecimento, num clima de insegurança e inquietude. Correm atrás das informações, correm atrás de trabalho, do dinheiro, da segurança, da estabilidade e não têm tempo para educar suas crianças e seus jovens. Essa situação gera uma tendência nas famílias de transferir para a escola, lugar que no imaginário dos familiares é mais competente, as tarefas educativas que são intransferíveis.

 A escola, igualmente apertada entre o tempo escolar, o tempo social e o tempo da criança, acaba atropelando o processo de aprender dos alunos! O discurso de que “estou atrasada com a matéria” ou ainda, “eu sei que é importante trabalhar o grupo, mas não tenho tempo para isso, tenho muita matéria para dar!” ainda é recorrente em nossas escolas.

 Aprender é um ato relacional e requer tempo e disponibilidade, dentre outras coisas!

 Que fazer diante de tantos atropelos, exigências e características individuais? Como encaminhar processos educativos mais competentes e que atendam as demandas atuais?

 Proponho uma reflexão voltada ao entendimento que o grande problema não é a falta de tempo real, mas a falta de clareza, de objectivos e de autoridade dos adultos educadores, quer sejam pais ou professores. Pais e Educadores têm sido ou muito severos, ou muito permissivos, desperdiçando um tempo valioso para a educação e o pleno desenvolvimento de crianças e jovens.

 É essencial construirmos um tempo especial na e da escola para o aluno... Um tempo para o aluno aprender!”

 

Texto escrito por Isabel Parolin - Pedagoga, psicopedagoga e Mestre em Psicologia da Educação. Psicopedagoga clínica e consultora. Institucional de escolas públicas e privadas. Palestrante para pais e professores. Membro do grupo de pesquisas Aprendizagem e Conhecimento na acção educativa da PUCPR. Autora de vários livros, dentre eles: Pais Educadores – Quem tem tempo de Educar? Da editora Mediação.

 

 

 

        (imagem retirada do "google imagens"; espaço infantil da Consulta Externa de Pediatria do Hospital Santa Maria) 

 

 

 

Dia 29 de Abril de 2015

“O Penúltimo dia”

Hora: 9h-15h

 

1- Objectivos: Dar continuidade à aplicação do projecto;

Intervenientes: Eu (Beatriz); Ana, educadora Elisabete, pais e crianças;

Intencionalidades Pedagógicas: cumprir com os objectivos delineados; continuar a ter um bom desempenho para que o projecto continue a correr bem; “passar a mensagem”;

 

2 - Desenvolvimento da actividade/acção:

Neste dia, chegámos por volta das 09.30h e tal como nos outros dias, esperámos q a educadora Elisabete chegasse para dar início ao projecto. Quando esta chegou, tirámos uma fotografia com ela e ao resto da sala e demos ao início ao projecto!

Continuámos com a ideia que tivemos no primeiro dia da aplicação do projecto e à semelhança deste, estavam muito poucas crianças. O motivo pela qual isto se verificou, foi, segundo a educadora Elisabete, a falta de alguns dos médicos.

Deste modo e à semelhança aos primeiro e segundo dias da aplicação do projecto, não pudemos realizar a aula de dança.

Devido ao facto de estarem poucas crianças presentes e mesmo assim, o tempo de espera ter sido muito longo, conseguimos ter mais tempo e oportunidade para trabalhar “mais a fundo” com os pais e as crianças que estavam presentes.

Assim sendo, conseguimos entender que muitas vezes o que os pais dizem sobre o que dão de comida às crianças não coincide com o que estas dizem. Ao contrário do que  os seus filhos afirmam, quando questionados, os pais afirmam que dão sopa e legumes aos seus filhos, “quase todos os dias”.

Isto acontece, na minha opinião, porque os pais “têm vergonha” de dizer que não alimentam como deve de ser as suas crianças.

Quando nos apercebemos deste facto, tentámos, eu e a Ana, apelar a atenção dos pais para a importância de ser ter uma alimentação saudável e das consequências, que não ter uma alimentação saudável pode provocar.

Com isto, fiquei a reflectir: será que de facto, a grande causa, para o elevado número de casos de obesidade infantil, será, porque os pais não se preocupam em alimentar os seus filhos de forma saudável? Não se esforçam em procurar saber quais os alimentos que mais benefícios trazem à saúde dos seus filhos? Estas são questões, que de facto, são difíceis de resolver pois naquelas famílias onde já se têm hábitos “não saudáveis” torna-se difícil de mudar mentalidades e nós enquanto futuros licenciados em Ciências da Educação, deveremos pensar em como resolver este problema tão grave.

É óbvio que a escola tem um papel importantíssimo, pois alertam as crianças para os vários problemas que existem e muitas vezes estas, incentivam os pais a mudar, contudo nem sempre isso se acontece e assim, a escola perde a “sua força”.

Através de algumas conversas informais que tivemos oportunidade de ter com alguns pais, conseguimos entender que estes consideram que por mais que tentem alimentar os seus filhos de forma saudável, muitos são os espaços públicos, que não têm praticamente um único alimento saudável. Muitos afirmaram-nos que no bar da escola dos seus filhos, vendem-se muitos bolos, chocolates, batatas fritas, pastilhas, rebuçados e pouquíssimas peças de fruta, ou pães com manteiga ou fiambre.

Estes consideram que caso não mandem um lanche aos seus filhos, estes só comerão “porcarias” na escola. Perante isto, acho vergonhoso, o Ministério de Educação Português, deixar que isto ainda aconteça.

Estes, também nos transmitiram a sensação que têm, que a nossa sociedade não dá importância em ter uma alimentação saudável, o que nos fez pensar, no que, nós, enquanto licenciadas em Ciências da Educação, poderemos fazer para contornar este problema.

 

3- O que aprendi?

Percebi que “ por detrás das crianças” está sempre uma família que as educa, que transmite os valores que considera mais importantes, e devido a isso, por mais que tentemos chegar a elas, temos também, que tentar chegar às suas famílias.

Considero assim, que, enquanto futura licenciada em Ciências da Educação, deveremos não só promover a aprendizagem nas crianças, como também e principalmente nas suas famílias, nos seus pais.

Percebi, também, que a importância de ter uma alimentação saudável, hoje em dia, é uma realidade que ainda não chegou a toda a população, ao contrário, do que muitos pensam (ministros, inclusive).

De igual modo, percebi que deveremos promover a saúde e o bem-estar através de uma alimentação saudável e a prática de exercício físico, junto de todos. Deveremos também alertar que são muitos os problemas de saúde nas crianças.

Contudo, antes de mais, antes de tentar chegar a uma criança, ou a adultos, deveremos, ter em atenção à sua personalidade e educação.

 

4- Mobilização de conhecimentos académicos:

A saúde é entendida como um recurso para o dia-a-dia e não como uma finalidade da vida. Esta não é exclusivamente da responsabilidade do sector da saúde, mas exige estilos de vida saudáveis para atingir o bem-estar, sendo a alimentação uma condição e um recurso fundamental para a saúde (Carta de Ottawa, 1986).

Com o avanço dos tempos e com as alterações dos estilos de vida, novos hábitos alimentares e de consumo se adquiriram, afectando grandemente a Saúde Pública. É a partir destas mudanças que se começa a fazer sentir o grave problema da saúde com que, actualmente, o mundo se debate.

Em consequência, é de premente importância conhecer os hábitos alimentares das populações, a fim de se poder avaliar as situações e agir, em caso de graves erros alimentares.

 

Referência Bibliográfica: Dissertação apresentada à Universidade do Minho para obtenção do Grau de mestre em Estudos da Criança - Promoção da Saúde e do Meio Ambiente/ Instituto de Estudos da Criança, Universidade do Minho (DCILM –IEC – UM)

Tese realizada sob a orientação de Graça Simões de Carvalho Professora Catedrática (Abril de 2005)

Disponível em : https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/3150/3/tese%20final.pdf

 

 (imagem retirada do "google imagens"; espaço infantil da Consulta Externa de Pediatria do Hospital Santa Maria) 

 

 

Dia 22 de Abril de 2015

“Segundo dia do Projecto”

Tempo: 9h-15h

 

1- Objectivos: pôr em prática o projecto construído;

Intervenientes: Eu (Beatriz); Ana, educadora Elisabete, auxiliar Anabela, pais e crianças;

Intencionalidades Pedagógicas: dinamizar as actividades planeadas; cumprir com os objectivos estabelecidos; melhorar o que correu menos bem no primeiro dia; fazer com que corra tudo bem;

 

2- Desenvolvimento da actividade/acção:

Neste dia, não chegamos tão cedo, como no primeiro, pois a educadora Elisabete disse que não era necessário, pois teríamos que esperar por ela para começarmos com a actividade (por um questão de organização) e porque já tínhamos alguns materiais preparados do primeiro dia (nomeadamente os cartazes e os alimentos em forma de brinquedo).

Assim, chegámos lá por volta das nove, fomos buscar a roda dos alimentos, preparámos os questionários e a disposição das mesas, tirámos as “célebres” fotos e esperámos pela educadora.

Quando começamos (passava pouco das nove e meia) reparámos que havia poucas crianças, mas pensámos que ao longo da manhã iriam aparecer mais, contudo, isso não se verificou e assim, tal como no primeiro dia, não podemos fazer a aula de dança.

Grande maioria das crianças que lá apareciam ficavam pouco tempo, salvo algumas excepções, como foi o caso de uma mãe que lá apareceu na instituição, com duas filhas gémeas a comer batatas fritas e a beber coca-cola às onze da manhã.

Eu inicialmente não reparei na chegada delas, pois estava a falar com três meninos, mas quando reparei não soube bem o que fazer, então eu e a Ana pensámos em dividir-nos e enquanto eu falava com as meninas ela tentava alertar a mãe. Contudo, a mãe não levou a bem e ficou um bocado aborrecida. Já as meninas, perceberam o que lhes quis explicar e não quiseram comer o resto das batatas nem a Coca-Cola, mesmo com a insistência da mãe.

De resto, correu tudo normalmente, como no primeiro dia (aplicámos o projecto, como no primeiro dia), tirando, o facto (como já referi à pouco) que estavam menos crianças, o que nos dificultou um pouco o nosso trabalho, pois não podemos chegar a tantas crianças.

Com o feedback que recebemos dos poucos pais, das crianças e da educadora, percebemos que elas gostaram do nosso projecto, que viram o nosso esforço e elogiaram bastante o nosso desempenho.

 

 3- O que aprendi?

Aprendi, que por mais que as escolas se esforcem em ensinar as crianças, se estas não tiveram uns pais, que as ajudem, nada servirá os esforços das escolas. Nesta situação, das meninas a comerem batatas fritas e a beberem coca-cola, a meio da manhã, pelo que eu entendi, ao falar com elas, já tinham ouvido na escola, a importância de ter uma alimentação saudável e que alimentos são de facto saudáveis e fazem bem à nossa saúde. Contudo, a alimentação que têm tido, em nada se verifica esses ensinamentos. Tudo bem, que como ainda são crianças “não podem mandar nos pais”, mas há muitos casos de crianças que conseguem “convencer os pais” e ensinam-lhes o que aprendem na escola, como por exemplo, a reciclagem, a prática de exercício físico, entre outros. Ou seja, eu penso, que nalguns casos, a influência que as crianças recebem em casa, só as destabiliza e muitos dos ensinamentos que recebem na escola, pouco servirá!

 

4- Mobilização de conhecimentos académicos:

Tal como nos é dito na DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO EDUCACIONAL “Relação Família-Escola e Participação dos Pais” escrito por Maria do Céu Gomes Leal de Oliveira, entre a família e a escola existia uma barreira praticamente intransponível e a relação existente limitava-se a um mínimo indispensável.

Actualmente, as transformações ocorridas a nível económico, social e cultural repercutem-se nestas instituições obrigando-as a questionar-se sobre que tipo de relação pretendem.

“A família sempre foi e continua a ser a instituição-chave onde se estreia a socialização; é nela que a criança se inicia como indivíduo social desde o seu nascimento. Depois, surge a escola, em parceria com a comunidade, onde o indivíduo se insere, num processo de socialização que se desenrola ao longo da vida. Portanto, a família nunca pode abdicar da sua função socializadora, embora, na escola, a interacção social se amplifique, ganhe uma nova dimensão, diversificada e plural e se transforme num processo dinâmico que funciona ou deve funcionar, sempre, numa convergência de esforços com a família”.

Daqui resulta objectivamente a necessidade de escola e família se tornarem parceiros privilegiados de todo o processo educativo para que desta interacção permanente se possa obter um desenvolvimento harmonioso e equilibrado dos indivíduos.

“E se muitos pais não participam, por razões diversas, na vida escolar dos seus filhos, há que procurar a melhor forma de os trazer à escola ou até mesmo a maneira mais eficaz de ser a própria escola a aproximar-se deles, propondo-lhes ou descobrindo, em conjunto, modos de participação em que os professores terão um papel primordial a desempenhar.

Quando esta barreira‟ for ultrapassada a relação família-escola sairá beneficiada pois, quer os pais quer a escola, assumirão, em definitivo o seu papel de co-responsabilização no processo educativo que, desta forma, caminhará para um funcionamento mais perfeito e eficaz”.

Referência Bibliográfica: DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO DE ADMINISTRAÇÃO EDUCACIONAL / Tese defendida no INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO E TRABALHO.

Maria do Céu Gomes Leal de Oliveira (2010).Relação Família-Escola e Participação dos Pai. Porto, Setembro de 2010

 Disponível em : http://www.iset.pt/iset/DissertacoesPDF/9_ceu_oliveira_web.pdf

 

 

 

  (imagem retirada do "google imagens")

Dia 15 de Abril de 2015

“Primeiro dia da aplicação do Projecto”

Tempo: 09h-15h

 

1- Objectivos: pôr em prática o projecto construído;

Intervenientes: Eu (Beatriz); Ana, educadora Elisabete, auxiliar Anabela, pais e crianças;

Intencionalidades Pedagógicas: dinamizar as actividades planeadas; cumprir com os objectivos (específicos e gerais) estabelecidos;

 

2- Desenvolvimento da actividade/acção:

Para este dia foram planeados os seguintes objectivos:

  • Demonstrar a importância da promoção da saúde e qualidade de vida no combate à obesidade e ao sedentarismo;
  • Dar a conhecer a importância da prática desportiva e a importância da aquisição de hábitos alimentares saudáveis;
  • Desenvolver competências sociais nas famílias;
  • Desenvolver actividades lúdicas que fomentem a interacção familiar;
  • Verificar se estas actividades promovem nos participantes uma consciencialização da importância de desenvolver um estilo de vida saudável em família;

E as seguintes actividades:

1ª Etapa – Passar a palavra!

À entrada da sala todos os adultos receberão um folheto informativo sobre a temática da promoção de estilos de vida saudável no combate à obesidade.

       2ª Etapa- O Restaurante

Em cima de uma mesa estarão vários brinquedos em forma de alimentos (saudáveis, menos saudáveis e nada saudáveis) e será pedido às crianças, com a ajuda dos pais ou acompanhantes que escolham alimentos saudáveis para o seu almoço ou jantar (ementa) como se estivessem num restaurante sendo capaz de perceber o porquê dessa escolha e a importância no combata ao sedentarismo e a obesidade.

Caso escolham os alimentos saudáveis podem passar para a 3ª etapa do circuito.

Caso tenham tido algumas dúvidas tentaremos demonstrar a importância da escolha de certos alimentos para uma alimentação saudável.

3ª Etapa- O Jogo da Saúde

Em cima de uma mesa estarão um conjunto de cartas que representam actividades que as crianças podem fazer nos tempos livres.

Nestas cartas estarão situações como: andar de bicicleta, jogar à boal, ver televisão, jogar computador, etc.

Caberá à criança, novamente com a ajuda dos pais ou acompanhantes, escolher a actividade mais saudável, sendo capaz de perceber o porquê dessa escolha e a importância no combata ao sedentarismo e a obesidade.

      4ª Etapa – Eu escolho ser saudável!

Para concluir este circuito do bem-estar e promoção de estilos de vida saudável, todas as crianças receberão um crachá (autocolante) que dirá “Eu escolho ser saudável”.

Após  termos chegado à instituição, à hora combinada (aliás um pouco antes), começamos a preparar a sala como tínhamos planeado.

Colocámos os cartazes à porta (a explicar em que iria consistir a nossa actividade) e um outro na parede da sala. Depois colocámos panfletos informativos para entregar aos pais das crianças em cima de uma das mesas e colocámos ainda cartazes a indicar a ordem do circuito e o nome de cada etapa, em cima de cada mesa da sala. Para além disto, fomos buscar a roda dos alimentos, anteriormente construída pelas crianças e pelas educadoras e ainda alimentos em forma de brinquedo, disponibilizados pela instituição para que pudéssemos desenvolver as nossas actividades com as crianças como tínhamos planeado.

No fim de tudo pronto, tirámos algumas fotografias à sala e esperámos que a educadora Elisabete chegasse para que dessemos inicio à nossa actividade.

Quando chegou, apresentou-nos aos pais das crianças e às crianças que lá estavam presentes e nós explicamos em que consistia o nosso projecto e demos inicio ao mesmo!

Tal como já tínhamos percebido nas aulas de SIP, na entrevista realizada à nossa tutora e com a bibliografia que lemos, não é fácil trabalhar com crianças, isto porque estas são muito instáveis e como na nossa instituição nunca estão lá, sempre as mesmas crianças, ainda mais complicado se torna.

Felizmente correu tudo muito bem. As crianças e os pais mostraram-se bastante receptíveis, interessados e empenhados em colaborar connosco! Contudo, as actividades não correram totalmente, como tínhamos planeado, pois no plano do nosso projecto, tínhamos pensado  em fazer um circuito com 3 etapas, no entanto, verificámos que com o tipo de crianças que estavam presentes, para captar a sua atenção, faria mais sentido, fazer as etapa 2 “O restaurante” e 3 “O jogo da Saúde” de seguida.

Assim, eu com os alimentos em forma de brinquedo pedia às crianças (duas ou três de cada vez) que me construíssem uma refeição com alimentos saudáveis e outra com alimentos não saudáveis e de seguida, com um baralho de cartas com imagens coladas a representar as diferentes fases do dia (pequeno-almoço; ir para a escola; almoçar; fazer desporto; fazer os tpc’s; lanchar; brincar; jantar; ir dormir) pedia-lhes que me indicassem o que realmente fazem durante o dia, o que se deve fazer para não “nos tornarmos obesos” etc. Basicamente tentava explicar-lhes a importância da prática do exercício físico e da alimentação saudável. Enquanto isto, a Ana ficou a distribuir os questionários às crianças (após terem estado comigo), a dar-lhes um autocolante a dizer “eu sou saudável” e ainda a espécie de “individuais” e a falar com os pais para tentar alertar o fenómeno da obesidade e das consequências de não ter uma alimentação saudável trás consigo, numa tentativa de fomentar a “saúde e o bem-estar” .

Para além disto, ainda tivemos oportunidade de levar as crianças à horta que há na instituição, onde tiramos muitas fotografias com as crianças (com a autorização dos pais das mesmos, claro) onde pudemos mostrar-lhes alimentos realmente saudáveis e “verdadeiros” como caso das couves, alfaces, tomates, etc.

Devido ao estado do tempo, não podemos fazer a aula de dança como tínhamos planeado com as educadoras.

 

3- O que aprendi?

 

Através do feedback que tivemos da educadora, dos pais e das crianças, fiquei com a sensação que conseguimos pensar a mensagem que pretendíamos!

Fiquei também com a sensação que de facto, é difícil captar a atenção das crianças; que nem sempre as actividades correm como planeado devido aos imprevistos que também acontecem, com também a verdadeira percepção que se ganha das coisas, quando estamos realmente “no campo”.

Percebi qual a forma como deveremos falar com as crianças, pois não deveremos ser muito formais mas também não muito formais. Percebi isto, com a percepção que fui tendo com as próprias crianças, como também pela própria educadora que me alertou e me ajudou a ultrapassar isso.

Este projecto ajudou-me bastante a entender como é difícil sensibilizar as crianças para problemas tão graves, como este, da obesidade, que tem vindo a afectar cada vez mais crianças.

Enquanto futura licenciada em Ciências da Educação, percebi que por mais que planeemos um projecto até ao “último milímetro”, ele nunca corre como nos prevemos/idealizamos, pois neste caso, algo que não estava nada à espera, aconteceu, quando estava a falar sobre alimentação com uma adolescente e esta me admitiu que sofre de anorexia.

 

4- Mobilização de conhecimentos académicos:

 

Tal como o sitioEducar para Crescer” nos diz "a comunicação é o ponto básico e indispensável à convivência entre os homens: ouvir, compreender e estimular a fala, em todas as suas manifestações, são compromissos que todos nós devemos ter. Por isso, é fundamental que os adultos conversem com a criança".

"A comunicação inicia-se no nascimento do bebé, quando o primeiro comportamento de linguagem oral é manifestado através do choro. Como processo normal de aquisição e desenvolvimento da linguagem, ele é seguido de balbucios, dos primeiros vocábulos, das palavras e das frases. É a fala, a forma de comunicação oral mais utilizada, que nos permite expressar sentimentos, pensamentos e opiniões. As crianças conversam entre si, com seus pais e com outros membros da família para se expressarem e para compreenderam o outro. Sua linguagem se constrói por meio das vivências com o meio, nas interacções que faz com os adultos e com as outras crianças".

"O ambiente estimulador é importante para o desenvolvimento da criança, especialmente em relação a um dos aspectos mais significativos para o ser humano, a comunicação".

 

Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/zigzigzaa/materias/aprendendo-a-conversar.shtml

 

 

 (imagem retirada do "google imagens"; espaço infantil da Consulta Externa de Pediatria do Hospital Santa Maria) 

 

 Local: Instituição A

Hora: 09h-15h

Dias 25 de Março e 1 e 8 de Abril

 

1-Objectivos: construir os materiais para o projecto, reunir-me com as educadoras para discutir os últimos pormenores;

 

Intervenientes: Eu (Beatriz), Ana – Construção dos materiais para o projecto;

                                  Educadoras – Tomada de conhecimento e validação;

 

Intencionalidades Pedagógicas: construir todos os materiais necessários para a implementação do projecto; discutir com as educadoras se elas concordam com os materiais que construímos; perceber o que elas acham sobre o trabalho que temos feito para a implementação deste projecto;

 

2- Desenvolvimento da actividade/acção: após a professora Ana ter validado os questionários que iremos aplicar às crianças, aos seus acompanhantes e às educadoras e auxiliar da instituição, decidimos concluir a construção dos materiais necessários para a implementação do projecto de modo a que pudéssemos mostrar tudo às educadoras da instituição; para que estas tomassem conhecimento e os pudessem validar.

Para tal, construímos, jogos pedagógicos, tais como o dominó, jogo da memória e o jogo da glória, relacionados com o tema do nosso projecto – a alimentação saudável e a prática de exercício físico- para os podermos fazer com as crianças que ficarem à espera de serem consultadas mesmo depois de terem concluído o nosso projecto; construímos também desenhos para estas pintarem relacionados com o mesmo tema e para aquelas crianças que igualmente ficarão após terem concluído o nosso projecto.

Numa conversa informal com as educadoras, foi nos sugerido, que construíssemos uma espécie de “individual” que serviria para as crianças meterem debaixo do seu prato onde pudéssemos colocar o nosso nome, o nome do nosso projecto, o nome das educadoras e o da instituição de forma a puderem lembrar-se da actividade que fizeram connosco, e colocar ainda algumas frases apelativas para que estas tenham uma vida saudável e pratiquem exercício físico. Como achámos uma óptima ideia, decidimos de facto, construir estes individuais para oferecer às crianças que participaram no nosso projecto!

 Também para oferecer às crianças, no fim de terem participado na nossa actividade decidimos construir uma espécie de “crachá”, em formato de autocolante, a dizer “eu sou saudável”.

Também como sugestão das educadoras, foi nos sugerido que dessemos uma aula de dança, no parque infantil da instituição, caso estivesse bom tempo, com as crianças e os seus acompanhantes, de forma a incentivar a prática do exercício físico mas também o convívio entre família. De igual modo, achamos uma excelente ideia e assim, durante meia hora, irei dar uma aula de dança às crianças e aos seus acompanhantes durante a manhã, mais ou menos, por volta das onze da manha, que é quando os médicos começam a sair para almoçar e as crianças começam também a ter fome para ir almoçar também.

Ainda como sugestão das educadoras, foi nos sugerido que dessemos algumas receitas saudáveis aos acompanhantes das crianças para as incentivar a experimentar a fazer uma alimentação de forma saudável! Concordámos e recolhemos quatro exemplos, tais como, salada de massa de carne, gelado de morango saudável, entre outros.

Por fim, as educadoras, também numa conversa formal, alertaram-nos para algo muito importante: segundo elas, a nossa actividade está de facto muito bem construída para crianças sensivelmente até aos 12 anos, contudo, se lá aparecerem adolescentes até aos 18 anos (que de facto é um risco que corremos, pois nunca sabemos que crianças lá aparecerão), não vão querer nela participar, certamente. Assim, pensámos em conjunto com elas, construir um questionário para estes tais adolescentes, para tentarmos perceber que tipo de alimentação fazem e tentar, através de uma conversa formal, alerta-los para o perigo que correrão ao não terem uma alimentação saudável e incentivá-los assim a mudarem os seus hábitos alimentares e tentar incentivá-los para a prática do exercício físico!

Para além destes, eu e a Ana organizámo-nos e fizemos um folheto informativo para entregar aos acompanhantes das crianças com algumas informações sobre o que é de facto fazer uma alimentação saudável e a tentar sensibilizá-los para a prática do exercício físico. Fizemos ainda, um cartaz onde colaremos numa cartolina e a colocaremos á porta da sala onde iremos desenvolver o nosso projecto, a explicar em que consiste o nosso projecto, dando uma “espécie de boas vindas” a todos!

No fim de termos construído todos estes materiais, reunimo-nos com as educadoras para lhes mostrarmos tudo o que tínhamos. Correu tudo muitíssimo bem, elas mostraram-se bastante entusiasmadas com o nosso projecto, tranquilizaram-nos, pois estamos a ficar bastante nervosas com a aproximação do primeiro dia do nosso projecto. 

Iremos assim, desenvolver o nosso projecto durante quatro dias (15, 22 e 29 de Abril e 6 de Maio de 2015).

 

3- O que aprendi?

Nesta etapa do projecto, aprendi a gerir o meu tempo, pois com tantas coisas que temos que fazer, se não aprendêssemos a geri-lo, fazendo tudo com antecedência e com alguma calma e com algum tempo, não seria possível. Aprendi a pesquisar e a perceber como se constroem questionários, pois certamente, no meu futuro irá ser-me bastante necessário saber construi-los e ainda aprendi a fazer jogos pedagógicos simples para desenvolver com crianças e suas famílias.

Aprendi também a complexidade que está por detrás da construção de um projecto, a construção dos materiais, os intervenientes, o tempo que temos, os recursos que temos e não temos, os nervos e a importância dos laços que vamos construindo com os nossos superiores, neste caso as educadoras, que tanto nos ajudaram e tantas sugestões e apoio nos deram!

Com isto, percebi também que de facto é interessante e empolgante construir projectos desta dimensão contudo percebi que de facto, não me imagino a fazer isto para o resto da minha vida , enquanto licenciada em Ciências da Educação.

Nas aulas a professora Ana já nos tinha alertado para isto, para o facto de não ser fácil construir e aplicar projectos mas acho que só estando “no campo” é que nos apercebemos da sua complexidade. 

Aprendi também que de facto, não é fácil, pensar em actividades para desenvolver com um público alvo tão diversificado, como é o caso das crianças que frequentam a instituição, que vão desde os 6 anos aos 18 anos. Para além do facto, de não sabermos a idade das crianças que lá aparecerão, também não sabemos o que por exemplo as crianças mais pequenas estão dispostas a fazer connosco, como também não sabemos se por exemplo, os adolescentes vão querer participar na nossa actividade.

Percebi assim, que de facto, não é fácil trabalhar com crianças, muito menos, num espaço como este!

Aprendi também, tanto nas aulas com a professora Ana, como na instituição com as educadoras, que deveremos ter sempre várias estratégias para o caso de o nosso projecto não correr como planeámos. É importante termos sempre um “plano B, C” (…) os que forem necessários. Pois por exemplo, no meu caso, se uma criança conclui a nossa actividade e ainda tem que lá ficar mais tempo à espera par ser consultada, temos sempre o “plano B” de ou ela vai pintar desenhos que trouxemos ou então vai jogar também alguns dos jogos que trouxemos!

 

4- Mobilização de conhecimentos académicos:

Segundo Guerra, Isabel (2002), para construir um projecto temos que o fazer, em conformidade com os recursos que temos á nossa disposição (quer sejam humanos ou físicos). Para tal, a autora afirma-nos que a metodologia participativa é a forma mais eficaz e activa de o fazer (que é a que estamos a fazer!)

O planeamento de um projecto de intervenção passa pelas seguintes etapas: identificação dos problemas (identificação dos problemas sobre os quais se pretende intervir e o entendimento das suas causalidades); a definição de objectivos (classificação das finalidades, dos objectivos gerais e específicos); a definição de estratégias (classificação das grandes orientações do trabalho); programação das actividades (estabelecimento das actividades, distribuição de responsabilidades e calendarização dessa actividades); preparação do plano de acompanhamento e de avaliação do trabalho (estabelecimento de um plano de avaliação) e por fim, a publicação dos resultados e o estudo dos elementos para a prosseguição do projecto.

Uma vez definidos os objectivos, é necessário analisar as formas de os atingir. Para tal, devermos definir uma estratégia.

Após a definição da estratégia e os passos que deveremos seguir para a concretizar, deveremos construir um plano de acção. Este plano, descreve de forma detalhada e sistemática, que actividades se pretendem fazer, quando se pretende fazer, quem será encarregado das diferentes tarefas e quais os recursos necessários para as concretizar. Estas actividades decorrem da relação entre objectivos, meios e estratégias, pretendendo a concretização dos objectivos já definidos.

Após ter lido este texto fiquei a perceber melhor como se planifica um projecto e o peso que o planeamento tem na concretização de um bom projecto. Percebi, de igual forma, que para o construirmos temos que ter especial atenção às necessidades da instituição onde estamos a trabalhar e aos recursos que temos à nossa disposição.

É de salientar, que num projecto de intervenção é também importante seleccionar as prioridades de intervenção.

Penso que a construção de um projecto é uma mais-valia para a instituição pois possibilita a melhoria da mesma.

 

 

 

 

        (imagem retirada do "google imagens")

 

 

 

Local: Instituição A

Hora: 09h-15h

Dias 11 e 18 de Março

 

 

1-Objectivos: Construir os instrumentos de avaliação para aplicar aos acompanhantes das crianças, às crianças e às educadoras no fim de cada actividade do projecto; Construir os nossos questionários de auto-avaliação;

Intervenientes: Eu (Beatriz), Ana - Construção dos instrumentos de avaliação;

                              Professora Ana – Validação dos instrumentos de avaliação;

                              Educadoras – Tomada de conhecimento e validação dos mesmos;

Intencionalidades Pedagógicas: Ao aplicarmos estes questionários teremos a noção dos aspectos que deveremos melhorar;

 

2- Desenvolvimento da actividade/acção:

Para este dia, planeámos construir os instrumentos de avaliação (questionários a aplicar aos acompanhantes das crianças, às próprias crianças, às educadoras da instituição e ainda os nossos questionários de auto-avaliação.

Para tal, definimos entre nós (elementos do grupo) as escalas que iriamos utilizar, os pontos que deveríamos abordar em cada um dos questionários, o que constaria nos cabeçalhos, o número de questões, entre outros.

Assim, ficou definido que os questionários para as crianças deveriam ser feitos de forma simples e apelativa com apenas 4 questões em que as crianças davam a sua opinião dizendo se gostaram ou não da actividade, colocando uma cruz num smile contente ou triste; os acompanhantes das crianças e as educadoras teriam um questionário com 5 questões, numa escala de “nada; pouco; muito; totalmente” onde colocaríamos questões como “este tipo de projectos deveriam ser mais vezes desenvolvidos nos Hospitais públicos”; “as crianças mostraram entusiasmo ao participar no projecto”.

Para além disto, definimos que colocaríamos no fim de cada questionário uma questão aberta para que os acompanhantes das crianças e as educadoras opinassem dizendo quais seriam, os pontos fortes e os pontos a melhorar.

Nos nossos questionários de auto-avaliação, colocámos questões “considera que os objectivos gerais propostos para o projecto foram atingidos”; “desenvolveu uma atitude reflexiva relativa à técnica, prática e crítica sobre a actividade desenvolvida ao longo do projecto”, de forma a reflectirmos sobre a pertinência do nosso projecto, o que mudará em nós, enquanto licenciadas em Ciências da Educação e principalmente, o nosso desempenho.

No fim de construídos, mostramos à professora Ana para que ela nos desse o seu feedback e nos aconselhasse o que deveríamos melhorar em cada um dos questionários para que depois pudéssemos mostrar às educadoras da instituição.

 

3- O que aprendi?

Com a ajuda da professora, consegui entender os aspectos que deveria melhorar e entendi ainda, como por exemplo, a importância das escalas que utilizamos que posteriormente poderá condicionar as decisões das pessoas que respondem aos questionários, entre outros. 

Com a construção destes questionários percebi a importância que estes têm no desenvolvimento de um projecto como também no quanto estes são exigentes na sua construção e na sua estrutura.

Enquanto licenciada em Ciências da Educação penso que esta experiência de poder construir e aplicar questionários irá dar-me bastante jeito, pois certamente irei ter que construir e aplicar vários e assim já tenho alguma prática!

 

4- Mobilização de conhecimentos académicos:

Segundo Parasuraman (1991), “um questionário é tão somente um conjunto de questões, feito para gerar os dados necessários para se atingir os objectivos do projecto”. Embora o mesmo autor afirme que nem todos os projectos de pesquisa utilizam essa forma de instrumento de colecta de dados, o questionário é muito importante na pesquisa científica, especialmente nas ciências sociais. Parasuraman afirma também que construir questionários não é uma tarefa fácil!

 

 

 

 

 (imagem retirada do "google imagens")