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O meu portefólio de SIP

Bem vindos ao espaço onde irei partilhar com vocês o meu processo de Integração profissional

O meu portefólio de SIP

Bem vindos ao espaço onde irei partilhar com vocês o meu processo de Integração profissional

Dia 29 de Abril de 2015

“O Penúltimo dia”

Hora: 9h-15h

 

1- Objectivos: Dar continuidade à aplicação do projecto;

Intervenientes: Eu (Beatriz); Ana, educadora Elisabete, pais e crianças;

Intencionalidades Pedagógicas: cumprir com os objectivos delineados; continuar a ter um bom desempenho para que o projecto continue a correr bem; “passar a mensagem”;

 

2 - Desenvolvimento da actividade/acção:

Neste dia, chegámos por volta das 09.30h e tal como nos outros dias, esperámos q a educadora Elisabete chegasse para dar início ao projecto. Quando esta chegou, tirámos uma fotografia com ela e ao resto da sala e demos ao início ao projecto!

Continuámos com a ideia que tivemos no primeiro dia da aplicação do projecto e à semelhança deste, estavam muito poucas crianças. O motivo pela qual isto se verificou, foi, segundo a educadora Elisabete, a falta de alguns dos médicos.

Deste modo e à semelhança aos primeiro e segundo dias da aplicação do projecto, não pudemos realizar a aula de dança.

Devido ao facto de estarem poucas crianças presentes e mesmo assim, o tempo de espera ter sido muito longo, conseguimos ter mais tempo e oportunidade para trabalhar “mais a fundo” com os pais e as crianças que estavam presentes.

Assim sendo, conseguimos entender que muitas vezes o que os pais dizem sobre o que dão de comida às crianças não coincide com o que estas dizem. Ao contrário do que  os seus filhos afirmam, quando questionados, os pais afirmam que dão sopa e legumes aos seus filhos, “quase todos os dias”.

Isto acontece, na minha opinião, porque os pais “têm vergonha” de dizer que não alimentam como deve de ser as suas crianças.

Quando nos apercebemos deste facto, tentámos, eu e a Ana, apelar a atenção dos pais para a importância de ser ter uma alimentação saudável e das consequências, que não ter uma alimentação saudável pode provocar.

Com isto, fiquei a reflectir: será que de facto, a grande causa, para o elevado número de casos de obesidade infantil, será, porque os pais não se preocupam em alimentar os seus filhos de forma saudável? Não se esforçam em procurar saber quais os alimentos que mais benefícios trazem à saúde dos seus filhos? Estas são questões, que de facto, são difíceis de resolver pois naquelas famílias onde já se têm hábitos “não saudáveis” torna-se difícil de mudar mentalidades e nós enquanto futuros licenciados em Ciências da Educação, deveremos pensar em como resolver este problema tão grave.

É óbvio que a escola tem um papel importantíssimo, pois alertam as crianças para os vários problemas que existem e muitas vezes estas, incentivam os pais a mudar, contudo nem sempre isso se acontece e assim, a escola perde a “sua força”.

Através de algumas conversas informais que tivemos oportunidade de ter com alguns pais, conseguimos entender que estes consideram que por mais que tentem alimentar os seus filhos de forma saudável, muitos são os espaços públicos, que não têm praticamente um único alimento saudável. Muitos afirmaram-nos que no bar da escola dos seus filhos, vendem-se muitos bolos, chocolates, batatas fritas, pastilhas, rebuçados e pouquíssimas peças de fruta, ou pães com manteiga ou fiambre.

Estes consideram que caso não mandem um lanche aos seus filhos, estes só comerão “porcarias” na escola. Perante isto, acho vergonhoso, o Ministério de Educação Português, deixar que isto ainda aconteça.

Estes, também nos transmitiram a sensação que têm, que a nossa sociedade não dá importância em ter uma alimentação saudável, o que nos fez pensar, no que, nós, enquanto licenciadas em Ciências da Educação, poderemos fazer para contornar este problema.

 

3- O que aprendi?

Percebi que “ por detrás das crianças” está sempre uma família que as educa, que transmite os valores que considera mais importantes, e devido a isso, por mais que tentemos chegar a elas, temos também, que tentar chegar às suas famílias.

Considero assim, que, enquanto futura licenciada em Ciências da Educação, deveremos não só promover a aprendizagem nas crianças, como também e principalmente nas suas famílias, nos seus pais.

Percebi, também, que a importância de ter uma alimentação saudável, hoje em dia, é uma realidade que ainda não chegou a toda a população, ao contrário, do que muitos pensam (ministros, inclusive).

De igual modo, percebi que deveremos promover a saúde e o bem-estar através de uma alimentação saudável e a prática de exercício físico, junto de todos. Deveremos também alertar que são muitos os problemas de saúde nas crianças.

Contudo, antes de mais, antes de tentar chegar a uma criança, ou a adultos, deveremos, ter em atenção à sua personalidade e educação.

 

4- Mobilização de conhecimentos académicos:

A saúde é entendida como um recurso para o dia-a-dia e não como uma finalidade da vida. Esta não é exclusivamente da responsabilidade do sector da saúde, mas exige estilos de vida saudáveis para atingir o bem-estar, sendo a alimentação uma condição e um recurso fundamental para a saúde (Carta de Ottawa, 1986).

Com o avanço dos tempos e com as alterações dos estilos de vida, novos hábitos alimentares e de consumo se adquiriram, afectando grandemente a Saúde Pública. É a partir destas mudanças que se começa a fazer sentir o grave problema da saúde com que, actualmente, o mundo se debate.

Em consequência, é de premente importância conhecer os hábitos alimentares das populações, a fim de se poder avaliar as situações e agir, em caso de graves erros alimentares.

 

Referência Bibliográfica: Dissertação apresentada à Universidade do Minho para obtenção do Grau de mestre em Estudos da Criança - Promoção da Saúde e do Meio Ambiente/ Instituto de Estudos da Criança, Universidade do Minho (DCILM –IEC – UM)

Tese realizada sob a orientação de Graça Simões de Carvalho Professora Catedrática (Abril de 2005)

Disponível em : https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/3150/3/tese%20final.pdf

 

 (imagem retirada do "google imagens"; espaço infantil da Consulta Externa de Pediatria do Hospital Santa Maria)