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O meu portefólio de SIP

Bem vindos ao espaço onde irei partilhar com vocês o meu processo de Integração profissional

O meu portefólio de SIP

Bem vindos ao espaço onde irei partilhar com vocês o meu processo de Integração profissional

 Local: Instituição A

Hora: 09h-15h

Dias 25 de Março e 1 e 8 de Abril

 

1-Objectivos: construir os materiais para o projecto, reunir-me com as educadoras para discutir os últimos pormenores;

 

Intervenientes: Eu (Beatriz), Ana – Construção dos materiais para o projecto;

                                  Educadoras – Tomada de conhecimento e validação;

 

Intencionalidades Pedagógicas: construir todos os materiais necessários para a implementação do projecto; discutir com as educadoras se elas concordam com os materiais que construímos; perceber o que elas acham sobre o trabalho que temos feito para a implementação deste projecto;

 

2- Desenvolvimento da actividade/acção: após a professora Ana ter validado os questionários que iremos aplicar às crianças, aos seus acompanhantes e às educadoras e auxiliar da instituição, decidimos concluir a construção dos materiais necessários para a implementação do projecto de modo a que pudéssemos mostrar tudo às educadoras da instituição; para que estas tomassem conhecimento e os pudessem validar.

Para tal, construímos, jogos pedagógicos, tais como o dominó, jogo da memória e o jogo da glória, relacionados com o tema do nosso projecto – a alimentação saudável e a prática de exercício físico- para os podermos fazer com as crianças que ficarem à espera de serem consultadas mesmo depois de terem concluído o nosso projecto; construímos também desenhos para estas pintarem relacionados com o mesmo tema e para aquelas crianças que igualmente ficarão após terem concluído o nosso projecto.

Numa conversa informal com as educadoras, foi nos sugerido, que construíssemos uma espécie de “individual” que serviria para as crianças meterem debaixo do seu prato onde pudéssemos colocar o nosso nome, o nome do nosso projecto, o nome das educadoras e o da instituição de forma a puderem lembrar-se da actividade que fizeram connosco, e colocar ainda algumas frases apelativas para que estas tenham uma vida saudável e pratiquem exercício físico. Como achámos uma óptima ideia, decidimos de facto, construir estes individuais para oferecer às crianças que participaram no nosso projecto!

 Também para oferecer às crianças, no fim de terem participado na nossa actividade decidimos construir uma espécie de “crachá”, em formato de autocolante, a dizer “eu sou saudável”.

Também como sugestão das educadoras, foi nos sugerido que dessemos uma aula de dança, no parque infantil da instituição, caso estivesse bom tempo, com as crianças e os seus acompanhantes, de forma a incentivar a prática do exercício físico mas também o convívio entre família. De igual modo, achamos uma excelente ideia e assim, durante meia hora, irei dar uma aula de dança às crianças e aos seus acompanhantes durante a manhã, mais ou menos, por volta das onze da manha, que é quando os médicos começam a sair para almoçar e as crianças começam também a ter fome para ir almoçar também.

Ainda como sugestão das educadoras, foi nos sugerido que dessemos algumas receitas saudáveis aos acompanhantes das crianças para as incentivar a experimentar a fazer uma alimentação de forma saudável! Concordámos e recolhemos quatro exemplos, tais como, salada de massa de carne, gelado de morango saudável, entre outros.

Por fim, as educadoras, também numa conversa formal, alertaram-nos para algo muito importante: segundo elas, a nossa actividade está de facto muito bem construída para crianças sensivelmente até aos 12 anos, contudo, se lá aparecerem adolescentes até aos 18 anos (que de facto é um risco que corremos, pois nunca sabemos que crianças lá aparecerão), não vão querer nela participar, certamente. Assim, pensámos em conjunto com elas, construir um questionário para estes tais adolescentes, para tentarmos perceber que tipo de alimentação fazem e tentar, através de uma conversa formal, alerta-los para o perigo que correrão ao não terem uma alimentação saudável e incentivá-los assim a mudarem os seus hábitos alimentares e tentar incentivá-los para a prática do exercício físico!

Para além destes, eu e a Ana organizámo-nos e fizemos um folheto informativo para entregar aos acompanhantes das crianças com algumas informações sobre o que é de facto fazer uma alimentação saudável e a tentar sensibilizá-los para a prática do exercício físico. Fizemos ainda, um cartaz onde colaremos numa cartolina e a colocaremos á porta da sala onde iremos desenvolver o nosso projecto, a explicar em que consiste o nosso projecto, dando uma “espécie de boas vindas” a todos!

No fim de termos construído todos estes materiais, reunimo-nos com as educadoras para lhes mostrarmos tudo o que tínhamos. Correu tudo muitíssimo bem, elas mostraram-se bastante entusiasmadas com o nosso projecto, tranquilizaram-nos, pois estamos a ficar bastante nervosas com a aproximação do primeiro dia do nosso projecto. 

Iremos assim, desenvolver o nosso projecto durante quatro dias (15, 22 e 29 de Abril e 6 de Maio de 2015).

 

3- O que aprendi?

Nesta etapa do projecto, aprendi a gerir o meu tempo, pois com tantas coisas que temos que fazer, se não aprendêssemos a geri-lo, fazendo tudo com antecedência e com alguma calma e com algum tempo, não seria possível. Aprendi a pesquisar e a perceber como se constroem questionários, pois certamente, no meu futuro irá ser-me bastante necessário saber construi-los e ainda aprendi a fazer jogos pedagógicos simples para desenvolver com crianças e suas famílias.

Aprendi também a complexidade que está por detrás da construção de um projecto, a construção dos materiais, os intervenientes, o tempo que temos, os recursos que temos e não temos, os nervos e a importância dos laços que vamos construindo com os nossos superiores, neste caso as educadoras, que tanto nos ajudaram e tantas sugestões e apoio nos deram!

Com isto, percebi também que de facto é interessante e empolgante construir projectos desta dimensão contudo percebi que de facto, não me imagino a fazer isto para o resto da minha vida , enquanto licenciada em Ciências da Educação.

Nas aulas a professora Ana já nos tinha alertado para isto, para o facto de não ser fácil construir e aplicar projectos mas acho que só estando “no campo” é que nos apercebemos da sua complexidade. 

Aprendi também que de facto, não é fácil, pensar em actividades para desenvolver com um público alvo tão diversificado, como é o caso das crianças que frequentam a instituição, que vão desde os 6 anos aos 18 anos. Para além do facto, de não sabermos a idade das crianças que lá aparecerão, também não sabemos o que por exemplo as crianças mais pequenas estão dispostas a fazer connosco, como também não sabemos se por exemplo, os adolescentes vão querer participar na nossa actividade.

Percebi assim, que de facto, não é fácil trabalhar com crianças, muito menos, num espaço como este!

Aprendi também, tanto nas aulas com a professora Ana, como na instituição com as educadoras, que deveremos ter sempre várias estratégias para o caso de o nosso projecto não correr como planeámos. É importante termos sempre um “plano B, C” (…) os que forem necessários. Pois por exemplo, no meu caso, se uma criança conclui a nossa actividade e ainda tem que lá ficar mais tempo à espera par ser consultada, temos sempre o “plano B” de ou ela vai pintar desenhos que trouxemos ou então vai jogar também alguns dos jogos que trouxemos!

 

4- Mobilização de conhecimentos académicos:

Segundo Guerra, Isabel (2002), para construir um projecto temos que o fazer, em conformidade com os recursos que temos á nossa disposição (quer sejam humanos ou físicos). Para tal, a autora afirma-nos que a metodologia participativa é a forma mais eficaz e activa de o fazer (que é a que estamos a fazer!)

O planeamento de um projecto de intervenção passa pelas seguintes etapas: identificação dos problemas (identificação dos problemas sobre os quais se pretende intervir e o entendimento das suas causalidades); a definição de objectivos (classificação das finalidades, dos objectivos gerais e específicos); a definição de estratégias (classificação das grandes orientações do trabalho); programação das actividades (estabelecimento das actividades, distribuição de responsabilidades e calendarização dessa actividades); preparação do plano de acompanhamento e de avaliação do trabalho (estabelecimento de um plano de avaliação) e por fim, a publicação dos resultados e o estudo dos elementos para a prosseguição do projecto.

Uma vez definidos os objectivos, é necessário analisar as formas de os atingir. Para tal, devermos definir uma estratégia.

Após a definição da estratégia e os passos que deveremos seguir para a concretizar, deveremos construir um plano de acção. Este plano, descreve de forma detalhada e sistemática, que actividades se pretendem fazer, quando se pretende fazer, quem será encarregado das diferentes tarefas e quais os recursos necessários para as concretizar. Estas actividades decorrem da relação entre objectivos, meios e estratégias, pretendendo a concretização dos objectivos já definidos.

Após ter lido este texto fiquei a perceber melhor como se planifica um projecto e o peso que o planeamento tem na concretização de um bom projecto. Percebi, de igual forma, que para o construirmos temos que ter especial atenção às necessidades da instituição onde estamos a trabalhar e aos recursos que temos à nossa disposição.

É de salientar, que num projecto de intervenção é também importante seleccionar as prioridades de intervenção.

Penso que a construção de um projecto é uma mais-valia para a instituição pois possibilita a melhoria da mesma.

 

 

 

 

        (imagem retirada do "google imagens")